“tal como o passado não é história, mas o seu objeto, também
a memória não é história, mas um dos seus objetos e simultaneamente um nível
elementar de elaboração histórica.”
O papel que a memória ocupa
em torno da construção do conhecimento histórico é de extrema importância. Ela é um objeto fundamental já que a partir
de suas evidências é permitido uma
“reinvenção” do passado e com isso uma melhor compreensão dos acontecimentos para
as sociedades presentes e futuras.
A memória histórica pode
influenciar de diversas maneiras a organização da sociedade. Ela faz com que os
seres humanos consigam ter a dimensão de como os acontecimentos que ocorreram a
tempos atrás perduram nos dias de hoje
com pequenas alterações e permite o questionamento e indignação perante a eles.
O filme, Escritores da
Liberdade,mostra como os estudantes identificavam fatos de sua vida com o livro “Diário de Anne Frank”, que conta
a história do holocausto; onde os judeus eram perseguidos, levados a campos de
concentração devido ao preconceito étnico que sofriam pelos nazistas. Assim
como eles, os jovens do filme eram marginalizados devido as suas etnias, e viviam sempre aterrorizados, pois não sabiam até
quando continuariam vivos.
Assim também acontece com os
negros no Brasil, que foram escravizados no passado, nos séculos XV e XVI,
pelos europeus, com a justificativa de serem uma raça inferior. Eles eram
tratados como mercadoria, submetidos a castigos físicos e morais constantemente
e eram impossibilitados de exercer sua própria cultura.
Apesar da abolição da
escravidão ter acontecido a séculos atrás, os negros atualmente no Brasil,
continuam a sofrer discriminação. A maior parte deles, não consegue bons empregos
e por isso são mal remunerados; são vítimas constantes de atitudes racistas,
sendo marginalizados pela sociedade.
Uma tentativa de
amenizar essa situação, foi a criação das “cotas” para negros, nas
universidades. Entretanto, isso não deixa de ser uma forma escondida de
preconceito, pois subestima a capacidade dos afrodescendentes.
Tanto os jovens do filme
“Escritores da Liberdade” como os negros no Brasil, possuem raízes históricas
semelhantes baseadas em preconceitos. Essas raízes jamais podem ser esquecidas,
pois só através delas consegue-se ter a dimensão do tamanho do problema a ser
enfrentado.
Isabela Carrilho n° 13
Jade Bento n° 14
Julia Paione n° 16
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