quarta-feira, 19 de junho de 2013

Darwinismo Social vivido em Avatar





         O filme Avatar, de James Cameron, lançado em 2009, conta a história de cientistas que, num futuro distante, tentam dominar o planeta Pandora, habitado pelos Na'vi, seres gigantes azuis. O que desperta o interesse dos humanos em Pandora é a existência de um minério chamado Unobtainium, que vale milhões de dólares no mercado.
     Para dominar Pandora e ter acesso às reservas de Unobtainium, os humanos precisam primeiro conhecer esse novo planeta, e conquistar a confiança de seus nativos, que, por não fazerem uso de tecnologias, adorarem à deuses da natureza e viverem nas florestas, são por eles chamados de selvagens, e considerados inferiores.
     Pode-se interpretar o filme, como a representação futurista do colonialismo do século XVIII e XIX, quando países europeus, no que chamaram de "missão civilizadora" invadiram e colonizaram territórios da África e da Ásia com o objetivo de expandir o mercado capitalista e explorar as riquezas minerais desses países. Para conquistar o povo desses territórios, também chamados de selvagens, desenvolveram uma ideia baseada na teoria de Darwin, que ficou conhecida como Darwinismo Social, onde os europeus se diziam superiores e tinham o dever de levar a cultura aos povos inferiores. Anos depois, os dominados se revoltaram e conseguiram se libertar dos europeus através dessas revoltas.
     Em Avatar a história se repete. Para conquistar e dominar os Na'vis, os cientistas construiram escolas e ensinaram sua língua, com o objetivo de facilitar a comunicação entre eles, dando início ao processo de confiança. A corporativa humana RDA, responsável pelo projeto de exploração de Pandora, cria Avatares para que os exploradores possam interagir melhor com os nativos, facilitando uma futura dominação dos humanos sobre o povo de Pandora, o que desencadeia batalhas ao longo do enredo e termina pela expulsão daqueles que tentavam a dominação através da força.


Darwinismo Social nos Dias Atuais:


O darwinismo social surgiu no século XIX, quando o cientista inglês Charles Darwin, desenvolveu uma teoria para explicar a evolução biológica das espécies.  Muitos cientistas sociais inspirados em Darwin transpuseram suas ideias pra análise da sociedade, originando com isso o darwinismo social. De acordo com esse pensamento, existiam características biológicas e sociais que determinavam que uma sociedade era superior a outra. Era necessário, por isso que as sociedades mais simples evoluíssem até atingir o estágio mais avançado, que na época era ocupado pela sociedade industrial europeia.
Entretanto, essa aplicação da teoria de Darwin para as sociedades (darwinismo social) ainda perdura nos dias de hoje e serve como justificativa para muitas atrocidades cometidas no mundo.
    Um exemplo evidente pode ser observado na Europa, que nas últimas décadas passou por um grave declínio de sua população, ocasionando seu envelhecimento, e uma diminuição da PEA (população economicamente ativa), que está sendo resolvida pelo estímulo a imigração, provenientes de diferentes países, incluindo até mesmo países subdesenvolvidos do próprio continente  , o que vem gerando muitos conflitos, pois muitos  europeus não aceitam esses imigrantes e afirmam que os países menos desenvolvidos  devem controlar sua taxa de natalidade  . Eles temem que com uma explosão demográfica, os países subdesenvolvidos possam “invadir” seu território.
    Grande parte dos imigrantes na Europa realiza o trabalho que o povo europeu não se presta a fazer (trabalhos braçais e considerados sujos e humilhantes aos europeus) por serem mal remunerados e sem possibilidade de carreira. A partir dessa constatação percebe-se a inferioridade com que os europeus enxergam os imigrantes, pois atribuem a eles os trabalhos que, muitas vezes não se dignam a prestar, por se considerarem superiores e, portanto mais evoluídos que os imigrantes. Percebe-se a partir disso a aversão que a Europa tem em relação a eles.    
    Casos xenofóbicos na Europa têm tido repercussão internacional. As mortes por esse motivo têm se tornado pauta de agências nacionais e internacionais, as quais buscam reprimir esse tipo de intolerância social. Entretanto esse é um problema de difícil resolução, pois apesar da questão da xenofobia ter se expandido recentemente, ela possui raízes que perduram por séculos.
Isabela Carrilho - Nº 13
 
       O darwinismo social é a forma de aplicar a lei do darwinismo proposta por Charles Darwin em sociedades. Esse conceito ficou conhecido no século XIX com o neocolonialismo europeu, onde era usado como um meio teórico de explicação para a dominação que eles realizavam na África e Ásia na época.
       
A teoria em si diz que o mais forte é se adapta melhor ao meio, evoluindo. A Europa a usou com a sociedade, alegando que ela, por ser a mais industrializada, tinha a função de passar a sua evolução para povos menos evoluídos, dominando seus territórios e os deixando aos moldes europeus.
     Atualmente também podemos encontrar o darwinismo social em certos grupos da sociedade, como os skinheads.
         Os skinheads são uma subcultura juvenil que tem uns aspectos musicais, estéticos e comportamentais diferentes e podem ter idades variadas. Originaram-se na década de 1960 e ficaram famosos por promover confrontos entre torcidas de times rivais na Inglaterra. Seguindo esse conceito, alguns grupos de skinheads praticam a xenofobia, homofobia, neonazismo, entre tantos outros atos violentos e preconceituosos que deixam explicito o darwinismo social, por se acharem superiores a gays, negros e pessoas de culturas diferentes, se juntam e batem nelas sem justificativa.
     É importante deixar explicito que apenas os grupos mais violentos e radicais de skinheads praticam o darwinismo social, enquanto outros (geralmente os grupos mais velhos) são pacíficos e contra essa pratica.  
                               
                                                                                                                  Jade Bento - Nº 14 

   O Darwinismo social teve origem na teoria da seleção natural de Charles Darwin, na qual explica a diversidade de espécies de seres vivos através do processo de evolução. Essa ideia foi baseada em fatos ocorridos no século XIX, período em que potências européias tentavam implantar o neocolonialismo em continentes como a África e Ásia. 
      Hoje, já no século XXI, Podemos encontrar diversas aplicações do darwinismo social, como por exemplo, atos de preconceito dentro do futebol; Está cada vez que mais claro que o futebol está longe de ser apenas um jogo: é mais um reflexo do contexto e da sociedade inserida. No ano de 2012 , em La Paz, contra o Bolívar, bananas foram atiradas em direção do Neymar ( jogador do time paulista Santos na época).Bastava o santista pegar na bola e alguns torcedores bolivianos imitavam um macaco. 
        Esse ato não ocorre apenas com os jogadores brasileiros. Outro famoso caso ocorreu na Euro Copa do mesmo ano, desta vez envolvendo um racismo declarado, foi o da torcida croata, famosa por atos do tipo, contra Balotelli, que é o símbolo máximo do preconceito no futebol mundial.

                                                                                                              Julia Amorim - Nº 15

     O Darwinismo Social nos dias de hoje se aplica em questões étnicas, raciais, sociais e até mesmo sexuais e está presente em diversos meios, e está presente em diversos pontos da sociedade, independente de região ou cultura.
     Por exemplo, o sistema de cotas para negros em universidades, pode ser considerado darwinismo social, pois indiretamente pode estar querendo dizer que os negros não tem a mesma capacidade que os demais para ingressar em uma universidade.
    Outro exemplo é o dos neonazistas ou skinheads, que pregam uma diferenciação racial/cultural como forma de exercício de poder.
    Outras formas de darwinismo social são as diferenciações que se fazem dos seres humanos pelo seu esteriótipo (magro, gordo, baixo), classe social ou pela sua opção sexual. E estas diferenciações desrespeitam os direitos humanos em vários aspectos, tais como, obtenção de empregos e convivência nos meios sociais, criando com isso divisões na sociedade.                                                                                                               Julia Paione - Nº 16
 
     A teoria da evolução das espécies de Charles Darwin transposta para a análise da sociedade resultou no darwinismo social.
     Alguns acontecimentos recentes demonstram que essa ideia, ainda hoje, é utilizada para legitimar diferentes abusos (de violência física, política e ideológica) cometidos por um grupo sobre o outro, ou um país sobre o outro.
    Como exemplo dessa pratica nos dias atuais temos o preconceito de alguns determinados tipos de paulistanos contra nordestinos .Assim como o preconceito racial , este, na maioria das vezes, não é assumido ou discutido. Em 2010 um manifesto chamado “São Paulo para os paulistas” foi criado e ,em 2012, entregue a deputados estaduais, alguns de seus tópicos como “usufruto dos serviços públicos” e “controle migratório” demonstram que essas pessoas realmente acreditam que tiveram suas terras invadidas por um povo “inferior”; selvagem (assim como os europeus tratavam as nações dominas durante o século XIX), são considerados analfabetos que convivem com a seca e a miséria e tentam ir para São Paulo em busca de uma oportunidade de trabalho.
    Tal pensamento é digno de pena, as culturas humanas são complexas, não pode ser julgada como superior ou inferior, todas devem ser respeitadas. Só estaremos realmente evoluídos quando conseguirmos conviver com as diferentes crenças e culturas, sabendo que elas tem muito a acrescentar em nossas vidas.
Maria Simão - Nº 21

Um dos princípios darwinistas é o da “competição”. Esse fundamento é encontrado em diversas situações como quando referimo-nos às relações entre as empresas.
 O darwinismo social se assemelha à organização monopolista do “dumping” ao se tratar do relacionamento entre as empresas, uma vez que a aplicação da teoria nesta circunstância visa o domínio do mercado através da quebra da concorrência.
A concorrência entre as empresas é a maior dificuldade enfrentada para democratizar as relações sociais na sociedade. Atualmente, ela é a base da desigualdade social e econômica e da concentração do poder nas mãos de pequenos grupos. Essa competição pelo monopólio do mercado leva à desvalorização da vida e à minimização dos direitos humanos.
O próprio fundamento da concorrência e da competitividade exige que sempre haja ganhadores e perdedores, tendo em vista que existe uma luta pela sobrevivência no mercado e uma exclusão dos incapazes de competir.
O darwinismo social é a justificação do comportamento do neoliberalismo e de sua competição nos mercados (agora dominados por oligopólios que buscam eliminar a concorrência), que pede uma submissão dos mais fracos à hierarquia do poder.
O mundo globalizado define-se em uma constante luta por posições hegemônicas. 

                                                                                                   Victória Maratea - Nº 31




    A teoria do Darwinismo Social ficou assim conhecida por fazer relação com a teoria da evolução proposta por Darwin, que dizia que os individuos evuluem à medida em que vão se tornando mais aptos ao meio ambiente e assim sendo por ele selecionado de forma natural. Dessa forma, sobrevivem apenas os mais evoluídos.
    Desenvolvido na Europa como pretexto para invasões coloniais na África e na Ásia, o Darwinismo Social arrastou suas consequências até os dias atuais. São exemplos dessas consequências, o preconceito, a escravidão, a segregação de raças, os apelidos relacionados a origem etnica e/ou regional da pessoa (negão, paraíba, china, macaco, favelado, etc.)
   Um filme que representa as consequencias dessa teoria é "Histórias Cruzadas" que mostra três diferentes mulheres extraordinárias no Mississipi durante os anos 60 que constrõem uma improvável amizade devido a um projeto literário secreto que abala as regras da sociedade da época, que era totalmente divida entre "white people" e "colored people" (pessoas brancas e pessoas de cor), gerando uma intensa segregação e noção de inferioridade aos afrodescendente.
   Tal comportamento já deveria ter sido abandonado, visto que a seleção natural não deve ser aplicada ao homem, por esse ser capaz de transformar o meio ambiente em favor de sua adaptação e sobrevivência. O caráter cultural revela, na vida humana, princípios diferentes daqueles existentes na natureza.
  
                                                                                                            Fabiana Boquimpani  - Nº 32



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