quarta-feira, 19 de junho de 2013

Análise sociológica do filme Avatar.


Imperialismo e Darwinismo Social no filme "Avatar"




O filme avatar se passa no futuro e mostra o desejo de poder e riqueza cada vez maiores, levando o ser humano a colonizar até mesmo outros planetas para encontrar minérios, em busca de um dos M's do imperialismo: matéria-prima. O problema é que, ao chegarem lá a fim de encontrar Unobtainium, um minério muito valioso, tem que encarar uma tribo de Na'vis que, no seu ponto de vista etnocêntrico, eram primitivos em relação à nós, humanos, e seus costumes e paixão pela natureza eram equivocados. 


A ideia usada para desenvolver o filme foi a do imperialismo, uma política de expansão e domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre as outras. 

Para entender melhor o filme, é preciso entender o que é imperialismo. O imperialismo consiste em dominar terras já habitadas por povos que os dominadores julgam inferiores. Os imperialistas acreditam que sua cultura é melhor e justificam, através da ideia de darwinismo social (os mais fracos e menos adaptados devem morrer, e os fortes, sobreviver), a prática de dominação. Consiste no domínio de uma cultura ingênua por uma cultura mais forte, avançada e tecnológica, que procura atender apenas seus interesses. 
Os imperialistas não só dominavam as terras, mas também impunham sua cultura sobre os povos que nela habitavam e queriam ensinar/doutriná-los. O mesmo aconteceu com os Na'vi, que tiveram que lutar para não perder o que já era deles para um povo que pouco ligava para a importância que aquelas terras tinham à tribo. 

Uma cena do filme que chama muita a atenção é uma conversa entre Jake, o principal, e Parker, o administrador da estação em Pandora:

Na conversa, Parker diz: "Descubra o que os macacos azuis querem. Tentamos dar a eles medicina, educação, estradas, mas não, eles gostam de lama" e se refere ao povo como "selvagens repugnantes que vivem em árvores". 
Nesse trecho, podemos perceber referência à "missão civilizadora". Os europeus e norte-americanos entendiam que era sua missão civilizar povos que consideravam biológicamente e culturalmente inferiores, pretexto usado para estender seus domínios econômicos e políticos por todo o mundo. Fica claro, também, o esteriótipo criado em cima dos Na'vi, além do etnocentrismo dos humanos que julgavam seus hábitos, como ter medicina, estradas e educação, superiores aos da tribo. Assim como aconteceu no imperialismo, onde para os ocidentais, as criaturas que aqui se encontravam eram como alienígenas selvagens: sem Estado, sem Deus e sem Lei, sendo consideradas inferiores. Nossa única finalidade era ajudar no objetivo da colonização, que era enriquecer a metrópole. 

A grande diferença é que, no fim do filme, o espião dos imperialistas acaba se unindo à tribo dos Na'vi que consegue vencer e recuperar suas terras, e assim, expulsa os imperialistas de seu planeta, coisa que não aconteceu na vida real.


DARWINISMO SOCIAL NOS DIAS DE HOJE:


Amanda Camargo n°01
O darwinismo social, conceito que tem origem na teoria da seleçao natural de Charles Darwin, explica a evolução da humanidade por meio de características que determinam que uma pessoa é superior a outra, sendo assim, determina que devemos "nos livrar" dos seres inferiores. Esse conceito, muito presente na época do imperialismo estudada nesse bimestre, ainda é visto nos dias de hoje com muita frequencia.
Um grande exemplo de darwinismo social na atualidade é a nova "Cura gay", conceito que foi aprovado recentemente pela comissão de direitos humanos da câmara, projeto pelo qual psicólogos propõe tratamentos para "curar" a homossexualidade.
O fato de criar uma "cura" para algo que não deveria ser considerado doença, mostra claramente que se vê o homossexual como inferior, como uma raça que deve ser cuidada, curada, extinta. Nesse contexto, fica visível o Darwinismo social, impondo uma cultura como lei e considerando aquelas que são diferentes, erradas.


Ana Beatriz; n°02
Racismo e teorias eugénicas existem desde sempre.
A teoria da evolução faz uma constatação, não emite juízos de valor ou aconselhamentos sobre atitudes éticas. O prório Darwin indica que a cultura e a educação do ser humano são importantes e que o dever de proteger o mais fraco faz parte da raça humana.
Para compreender essa relação, é preciso entender o racismo:
O racismo é a tendência do pensamento, ou o modo de pensar, em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras, normalmente relacionando características físicas hereditárias a determinados traços decaráter e inteligência ou manifestações culturais. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas que valorizam as diferenças biológicas entre os seres humanos, atribuindo superioridade a alguns de acordo com a matriz racial.
A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade e ao complexo de inferioridade, se sentindo, muitos povos, como inferiores aos europeus.

Maria Luiza; n°20A sociedade nos dias de hoje apresenta algumas caracteristicas do darwinismo social. Um exemplo da nossa realidade juvenil é a aderição do sistema de cotas que associa o negro a uma 'raça inferior' que deve possuir mais direitos (no caso, 50% das vagas de universidades publicas) que um branco que tem a mesma capacidade pensante e pode muito bem estudar em escolas publicas e possuir mais dificuldade de acesso ao conhecimento do que negros que tem condições de usufruir do ensino privado. Essa 'seleção' relacionada ao preconceito de raças é um exemplo de darwinismo social do nosso cotidiano.


Rafaella Afonso; n°26O Darwinismo Social está presente também nos dias atuais, como por exemplo, a intervenção dos Estados Unidos na Guerra do Iraque. Assim como no Imperialismo no séc. XIX, os norte-americanos usaram a justificativa que o Iraque estaria com armas em excesso e por isso teria o direito de invadir, mas não foram encontradas essas armas e o interesse era na verdade o petróleo.

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