O contexto de 1830, também
conhecido pelos Três Gloriosos, vai explicar a transição da Era das Revoluções
para a Era do Capital e demonstrar o grande sentido histórico do longo século
XIX.
Nesse momento a burguesia é
altamente revolucionária e, portanto, lidera as práticas revolucionárias.
Para realmente ocorrer um
processo revolucionário contra a nobreza, a burguesia deve convencer a massa
manipulada (povo) de que a liberdade e a igualdade são ideias universais e não
somente burguesas e, por isso, era necessária uma união de classes.
Essa prática de unidade derruba o
Rei Carlos X em três dias (27, 28 e 29 de julho) e leva ao poder o Rei burguês
Luís Felipe de Orléans, que introduziu o voto censitário numa Monarquia
Parlamentar (Constitucional), onde eram criadas leis que beneficiavam apenas a
burguesia financista (que lucra com a especulação e com os juros). É aí que encontramos a contradição do contexto
de 1830; todos fizeram parte do processo revolucionário que tinha como intuito
derrubar o Rei e estabelecer valores de igualdade e liberdade, porém, a
revolução acabou por colocar outro Rei no poder e atender apenas aos interesses
da alta burguesia.
Já a média burguesia industrial,
por exemplo, tinha o interesse de investir em produção (aplicar o dinheiro nas
ferrovias, nos portos etc). Ou seja, havia interesses bastante controversos
entre as classes e a revolução resultou no poder exclusivo da alta burguesia.
Este se explica através do lócus do
poder, que é chamado de aparelho do Estado.
Percebendo essa exclusividade, a
massa e a baixa e média burguesia abrem o Parlamento para todas as classes com
o voto universal através da Revolução de 1848.
Ao tratar da Revolução de 1830,
não poderia deixar de mencionar o filme “Os Miseráveis”, que faz extrema
referência à mesma.
Nesta cena, por exemplo, acontece as barricadas contra a nobreza, lideradas pela burguesia.
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