sexta-feira, 5 de abril de 2013

REVOLUÇÃO DE 1830 ANÁLISE DO QUADRO “A LIBERDADE GUIANDO O POVO”


A “Liberdade Guiando o Povo” foi pintada por Eugène Delacroix, no mesmo ano que ocorreu a revolução.  Delacroix não participou dela, sendo provável que ele tenha se inspirado em gravuras do conflito para realizar a obra.

O quadro foi pintado rapidamente, em pouco mais de três meses. Entretanto evitou-se expor a obra publicamente, devido à perturbação que esta causou, tanto nos realistas quanto nos revolucionários. Foi apenas em 1874 que o quadro foi adquirido pelo Louvre, e exposto com honrarias.


Análise da obra:




Em primeiro plano, apresenta-se a mulher, que representa a ideia de liberdade.  Ela não flutua sobre o campo de batalha, mas mistura-se a ele, sujando as próprias mãos.

A bandeira que ela segura representa a ideia de universalidade (igualdade, liberdade e fraternidade), as cores vivas presentes nela auxiliam no destaque da mulher. As vestes da liberdade apresentam um tom mais claro do que no restante da pintura, facilitando a leitura da imagem.
O proletariado, que está presente no segundo plano, de uma forma submissa implora pela liberdade, protegida pelo burguês, que está armado.
Os cadáveres representam a classe perdedora; os membros da guarda de elite do rei (nobreza). O realismo dos cadáveres é inspirado em obras de Antoine-Jean Gros, pintor que Delacroix admirava.

A obra apresenta uma composição em pirâmide clássica, onde  a liberdade ocupa o vértice da pirâmide, e as linhas diagonais trazem dinamismo à pintura.

De maneira geral, pode-se concluir que a obra expressa a relação das classes presentes na revolução. Ela mostra a derrota da nobreza, que esteve no poder durante muitos séculos, e a visão da burguesia sobre o povo, considerando-o uma massa manipulável, que deve ser protegida, tendo a burguesia a missão de conduzi-la.






“..e se não lutei pelo meu país, pelos menos terei pintado por ele”
Delacroix


                                                                                                   Por Isabela Carrilho




Nenhum comentário:

Postar um comentário