Os fascinantes supercondutores

Resenha baseada no artigo de Marco Aurélio da Silva.

Marco Aurélio começa citando que caso fios comuns fossem usados em usinas geradoras de energia ocorreria uma significativa perda de carga, já que uma boa parte da energia elétrica seria transformada em energia térmica e dissipada para o meio ambiente em razão da grande resistência elétrica, por isso elas utilizam fios condutores com baixa resistência, como por exemplo, o cobre; porém quando as distâncias ultrapassam 400 km as perdas podem chegar a 20%.

O autor nos leva a um questionamento: seria possível a descoberta de um condutor ideal, o qual não deixaria a energia se perder pelo meio ambiente?

A supercondutividade, segundo o escritor, trata-se de uma propriedade física que alguns materiais apresentam quando submetidos à temperaturas extremamente baixas, tendo assim capacidade de conduzir correntes elétricas sem resistências ou perdas de energia. Esse fato foi descoberto pelo físico holandês Heike Kamerlimgh-Onnes em 1911, quando observou que, à -269,15 °C ,a resistência elétrica do mercúrio desaparecia transformando-o em um supercondutor. Heike tentou ainda verificar o fenômeno em outros metais, mas não o fez devido as despesas para manter as baixas temperaturas.

   Somente em 1972 surgiu a explicação para a ocorrência da supercondutividade, elaborada pelos físicos Jonh Bardeen, Leon Cooper e Robert Schrieffer. Eles levantaram a hipótese desse fenômeno não estar ligado somente as baixas temperaturas, surgindo assim a possibilidade de ocorrer com temperaturas elevadas, no entanto as experiências não deram resultados.

         

             Marco cita ainda o suíço Karl Alexander Muller e o alemão Johannes G. Bednorz, físicos da IBM, que em 1986 conseguiram a supercondutividade à -238°C e a comprovaram conquistando assim o prêmio Nobel de Física do mesmo ano. O fato veio a ser um grande avanço, permitindo progressos em várias áreas de pesquisas.

        O físico finaliza mostrando as aplicações da supercondutividade, que além da transmissão de energia elétrica, ainda possibilitam a construção dos aceleradores de partículas; diminuem o gasto de energia dos aparelhos eletrônicos; permitem que chips de computadores sejam cada vez mais rápidos e permitem o funcionamento dos chamados trens bala devido à aplicação de ímãs que flutuam sobre o material supercondutor.

          Concluímos que Marco Aurélio da Silva aborda o tema com objetividade, mostrando porque ele veio a ser considerado um dos fenômenos mais admiráveis e desafiadores do século passado.

Bibliografia:
http://www.brasilescola.com/fisica/os-supercondutores.htm : acesso em 05/04/13 às 22h 40min