A
Era das Revoluções
O
longo seculu XIX, um século revolucionario, que se divide em tres
eras: Era das Revoluções, Era do Capital e Era dos Impérios. A era
das revoluçoes trata-se de uma época marcada por tentativas de
restauraçao das monarquias e pela repressao aos movimentos de
afirmaçao popular.
Nesse
periodo foi
se desenvolvendo um novo pensamento na sociedade que era o de
liberalismo e uma nova forma de produção que era a produção
industrial, conseqüentemente transformando a sociedade do século
XIX em uma sociedade mais liberal, mais industrial e mais burguesa.
A ideia do liberalismo já
vinha tentando se consolidar,
por isso a revolução francesa é o evento que da inicio ao seculo
XIX.
A
reação da burguesia contra o absolutismo se chama 1ª Onda Liberal,
um movimento de caráter liberal, resultando na liquidação
do Antigo Regime e a consolidação da ordem burguesa e do Sistema
Capitalista.
Esse movimento é liderado pela alta burguesia, que se apropria do
poder do estado, colocando um rei burgues e tornando-se uma monarquia
constitucional.
Como conseqüencia da 1ª
Onda Liberal surge o proletariado e passam a ter a possibilidades de
utar pelos seus direitos, que começa a perceber um desfavorecimento,
que resulta no surgimento do socialismo, fazendo
com que apareçam novas idéias através do liberalismo, idéias
socialistas e nacionalistas, ou seja, com o aumento dos proletariados
surge o socialismo e o fortalecimento de idéias nacionalistas.
O
proletariado quer tirar os direitos do pensamento e transformar em
ação, e essas ideias se transformam em ação contra a monarquia
civil. Esse movimento é chamado de 2ª Onda Liberal ou Primavera
dos povos, movimento revolucionário dos setores reforçados pela 1ª
Onda Liberal (liberais, nacionalistas, republicanos, proletários,
socialistas) contra o poder exclusivo da alta burguesia e também dos
reis absolutistas que ainda existiam. O caráter desse 2º movimento
é liberal e nacionalista, e a presença do socialismo é decisiva.
A
burguesia deixa de ser revolucionaria – politicamente estavel – e
passa a ser reacionaria, tambem usa o estado para se desenvolver
economicamente. E acaba a Era das Revoluções.
Revolução
Francesa
No
século XVIII durante o Antigo Regime, Franca se encontrava em uma
situação de extrema injustiça social.
O
governo exercia um papel absolutista, dando ao rei poder absoluto,
controlando a política, economia e ate mesmo escolhendo a religião
que seu povo devia seguir.
Cabia
somente ao terceiro estado (formado pelos trabalhadores urbanos,
camponeses e a pequena burguesia comercial) pagar impostos, com a
finalidade de manter o luxo da nobreza. Os trabalhadores também,
eram proibidos de exercer sua cidadania, sem direito a voto ou dar
opiniões sobre o governo, quem ia contra era condenado a morte ou
preso na Bastilha.
No
topo da pirâmide social encontrava-se o clero, o qual possuía
muitos privilégios e não pagavam nenhum tipo de impostos, logo a
baixo vinha a nobreza, também isenta de impostos, e por ultimo, na
base da pirâmide encontrava-se o terceiro estado, sustentando todo
o resto da sociedade.
A
burguesia desejava mais ter mais participação na política e os
trabalhadores, que viviam na miséria, queriam condições melhores
de vida e de trabalho.
Tentando
melhor suas situações o povo foi às ruas gritar suas insatisfações
com o objetivo de tomar o governo, o primeiro passo significativo foi
a queda da Bastilha, símbolo da monarquia francesa, em 14/07/1789.
Durante
essas revoltas, muitos nobres deixaram a Fraca, a família real
tentou seguir o resto da nobreza, porem foram presos e guilhotinados
em 1793. Enquanto isso o proletariado também atacava o clero
confiscando os bens da Igreja.
Em
agosto de 1789 a Assembléia Constituinte acabou com os direitos
feudais criando a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,
que garantia direitos iguais aos cidadões e mais participação
política ao povo.
Depois
dessa revolução, o proletariado começou a formar partidos com
opiniões diferentes, como os Girondinos e Jacobinos, que
representavam a alta e a baixa burguesia, respectivamente.
Os
Girondinos visavam evitar a maior participação de trabalhadores
rurais e urbanos na política enquanto os Jacabinos queriam uma maior
participação do povo no governo eram radicais e continuavam em
busca de melhorias na sociedade.
Em
1792, os jacobinos tomaram o comando da revolução decidiram
que
seria
necessário
naquele
momento
governar
de
forma
ditatorial,
para
conseguir
alcançar
todos
seus
objetivos,
mandando
à
guilhotina
todos
que
ia
contra
eles,
essa
época
foi
batizada
Fase
do
Terror.
Em
1795, os Girondinos assumiram o poder e começaram a implantar um
governo burguês na França, nessa época, aprovaram uma nova
constituição que dava poder a burguesia, aumentando seus direitos
políticos e econômicos.
Após
o
golpe
de
18 de
Brumário,
que
tinha
como
finalidade
implantar
de
vez
um
governo
burguês
o
general
Napoleão
Bonaparte foi
posto
no
poder,
assumindo
o
cargo
de
primeiro-cônsul
da
França,
e
instalando
uma
ditadura
na
França.
O
liberalismo
O
liberalismo ganhou forca no sec XVIII tendo suas ideas defendidas
pelo filosofo e econômico Adam Smith. ‘’Para
Smith, não eram necessárias intervenções na economia, visto que o
próprio mercado dispunha de mecanismos próprios de regulação da
mesma: a chamada “mão invisível”, que seria responsável por
trazer benefícios para toda a sociedade, além de promover a
evolução generalizada.’’ O liberalismo pode ser definido
como um conjunto de ideas políticas que defende a liberdade política
e econômica. O liberalismo tem como seu principal postulado a
teoria de que o estado não deve interferir na agricultura,
defendendo a propriedade privada. O liberalismo é a favor da livre
concorrência, onde o individuo é livre para fazer sua própria lei
de oferta e de procura. Uma doutrina muito importante do liberalismo
é o auxilio dado ao trabalhador/proletariado onde ele teria direito
a contrato de trabalho, salário e jornada de trabalho definida,
desta forma o individuo poderia ter sua individualidade econômica
+ informações
do caderno
Anarquismo
O
anarquismo pode ser definido como uma doutrina (conjunto de
princípios políticos, sociais e culturais) que defende o fim de
qualquer forma de autoridade e dominação. É fruto do iluminismo e
especialmente, das ideias de Jean Jacques Rousseau. Depois, vieram
outros intelectuais que formularam concepções políticas e
econômicas do anarquismo, para que então se chegasse a ideia de
ausência total de um Estado e formação de sociedades voluntárias.
O primeiro a se declarar anarquista foi o filósofo francês Pierre
Joseph Proudhon.
A ideologia desenvolvida pela anarquia desempenhou um importante papel entre as sociedades do século XX, momento em que repercutiu com maior força, conquistou diversos trabalhadores europeus, que trouxeram as ideias quando migraram para o Brasil no final da década do século XIX e nas décadas iniciais do século XX. Em território brasileiro, os imigrantes, principalmente italianos, ajudaram a difundir os conceitos do anarquismo entre os trabalhadores e a ideologia anarquista foi fundamental para o aparecimento das primeiras greves brasileiras ocorridas na década de 1910. Até a Segunda Guerra Mundial, o anarquismo permaneceu muito forte entre os movimentos operários, mas depois perdeu a característica de movimento de massa.
O anarquismo permite a cada um desenvolver seu próprio instrumento intelectual, tendo como o mais conhecido dos conceitos anarquistas o da revolução social, que consiste na quebra do Estado e de suas estruturas. É a partir dele que vem a perspectiva do humanismo, que defendia o fato de que os seres humanos seriam capazes de se organizarem de forma autônoma e não hierárquica.
A ideologia desenvolvida pela anarquia desempenhou um importante papel entre as sociedades do século XX, momento em que repercutiu com maior força, conquistou diversos trabalhadores europeus, que trouxeram as ideias quando migraram para o Brasil no final da década do século XIX e nas décadas iniciais do século XX. Em território brasileiro, os imigrantes, principalmente italianos, ajudaram a difundir os conceitos do anarquismo entre os trabalhadores e a ideologia anarquista foi fundamental para o aparecimento das primeiras greves brasileiras ocorridas na década de 1910. Até a Segunda Guerra Mundial, o anarquismo permaneceu muito forte entre os movimentos operários, mas depois perdeu a característica de movimento de massa.
O anarquismo permite a cada um desenvolver seu próprio instrumento intelectual, tendo como o mais conhecido dos conceitos anarquistas o da revolução social, que consiste na quebra do Estado e de suas estruturas. É a partir dele que vem a perspectiva do humanismo, que defendia o fato de que os seres humanos seriam capazes de se organizarem de forma autônoma e não hierárquica.
Primavera
dos Povos
Primavera
dos Povos é
o nome que se dá a uma série de movimentos revolucionários de
cunho liberal que ocorreram por toda a Europa durante o ano de 1848.
Com
o fim da era napoleônica, as monarquias européias se reuniram com o
objetivo de conter as propostas de transformação disseminadas pela
Revolução Francesa. Esse encontro aconteceu no Congresso de Viena,
no qual os monarcas presentes decidiram formar a Santa Aliança.
Nesse acordo, diversos monarcas se comprometiam a auxiliar
militarmente toda monarquia que tivesse sua autoridade ameaçada.
Porém esse projeto que deveria preservar o Antigo Regime não foi
capaz de conter a marcha das novas revoluções que tomariam conta da
Europa. No ano de 1848, as várias novas correntes políticas que
surgiam em todo o Velho Mundo se mostraram decididas a dar fim ao
regime monárquico. Em linhas gerias, o contexto político europeu se
via tomado não só pelas propostas liberais originadas da
experiência francesa, mas também contou com a ascensão das
tendências nacionalistas e socialistas. Um pouco antes que tais
levantes acontecessem, entre os anos de 1846 e 1848, uma sequencia de
péssimas colheitas provocou uma crise econômica responsável pela
elevação súbita do preço dos alimentos. Como consequência, a
queda no consumo dos produtos industrializados motivou a demissão de
operários nos centros urbanos. De fato, toda a economia capitalista
europeia enfrentava um delicado processo de estagnação que daria
origem aos levantes que marcaram a chamada “Primavera dos Povos”.
Reagindo a esse quadro desfavorável, membros do operariado e do
campesinato passaram a exigir melhores condições de vida e
trabalho. Aproveitando das novas tendências que surgiam, fizeram uma
forte oposição ao regime monárquico por meio de uma série de
levantes. Alimentando ainda mais esse sentimento de mudança, devemos
ainda salientar que nesse mesmo ano houve a publicação do Manifesto
Comunista, obra do pensador Karl Marx que defendia a mobilização
dos trabalhadores. Comungando da união exprimida por esse livro,
várias cidades foram tomadas por barricadas de trabalhadores que se
espalhavam por cidades da França, dos Estados Alemães, da Áustria
e outros grandes centros urbanos. Apesar dos ideais românticos e das
bandeiras coloridas em favor de uma sociedade mais justa, a
“Primavera” não conseguiu transformar definitivamente a Europa.
Contudo, demonstraram a nova articulação política que estava sendo
engendrada. A partir desse evento histórico, a sociedade burguesa
teve alguns de seus princípios assegurados, pois mesmo tendo caráter
popular, essas revoltas não abririam mão das concepções
favoráveis à igualdade civil, ao fim dos privilégios de ordem
feudal, as novas instituições jurídicas e o acesso aos cargos
públicos. Além disso, demonstrava para a nova ordem burguesa o
potencial de mobilização das classes trabalhadoras em torno de seus
interesses e projetos políticos próprios.
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