sexta-feira, 5 de abril de 2013

Dossiê - Era das Revoluções


A Era das Revoluções

O longo seculu XIX, um século revolucionario, que se divide em tres eras: Era das Revoluções, Era do Capital e Era dos Impérios. A era das revoluçoes trata-se de uma época marcada por tentativas de restauraçao das monarquias e pela repressao aos movimentos de afirmaçao popular.
Nesse periodo foi se desenvolvendo um novo pensamento na sociedade que era o de liberalismo e uma nova forma de produção que era a produção industrial, conseqüentemente transformando a sociedade do século XIX em uma sociedade mais liberal, mais industrial e mais burguesa. A ideia do liberalismo já vinha tentando se consolidar, por isso a revolução francesa é o evento que da inicio ao seculo XIX.
A reação da burguesia contra o absolutismo se chama 1ª Onda Liberal, um movimento de caráter liberal, resultando na liquidação do Antigo Regime e a consolidação da ordem burguesa e do Sistema Capitalista. Esse movimento é liderado pela alta burguesia, que se apropria do poder do estado, colocando um rei burgues e tornando-se uma monarquia constitucional.
Como conseqüencia da 1ª Onda Liberal surge o proletariado e passam a ter a possibilidades de utar pelos seus direitos, que começa a perceber um desfavorecimento, que resulta no surgimento do socialismo, fazendo com que apareçam novas idéias através do liberalismo, idéias socialistas e nacionalistas, ou seja, com o aumento dos proletariados surge o socialismo e o fortalecimento de idéias nacionalistas.
O proletariado quer tirar os direitos do pensamento e transformar em ação, e essas ideias se transformam em ação contra a monarquia civil. Esse movimento é chamado de 2ª Onda Liberal ou Primavera dos povos, movimento revolucionário dos setores reforçados pela 1ª Onda Liberal (liberais, nacionalistas, republicanos, proletários, socialistas) contra o poder exclusivo da alta burguesia e também dos reis absolutistas que ainda existiam. O caráter desse 2º movimento é liberal e nacionalista, e a presença do socialismo é decisiva.
A burguesia deixa de ser revolucionaria – politicamente estavel – e passa a ser reacionaria, tambem usa o estado para se desenvolver economicamente. E acaba a Era das Revoluções.


Revolução Francesa

No século XVIII durante o Antigo Regime, Franca se encontrava em uma situação de extrema injustiça social.
O governo exercia um papel absolutista, dando ao rei poder absoluto, controlando a política, economia e ate mesmo escolhendo a religião que seu povo devia seguir.
Cabia somente ao terceiro estado (formado pelos trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial) pagar impostos, com a finalidade de manter o luxo da nobreza. Os trabalhadores também, eram proibidos de exercer sua cidadania, sem direito a voto ou dar opiniões sobre o governo, quem ia contra era condenado a morte ou preso na Bastilha.
No topo da pirâmide social encontrava-se o clero, o qual possuía muitos privilégios e não pagavam nenhum tipo de impostos, logo a baixo vinha a nobreza, também isenta de impostos, e por ultimo, na base da pirâmide encontrava-se o terceiro estado, sustentando todo o resto da sociedade.
A burguesia desejava mais ter mais participação na política e os trabalhadores, que viviam na miséria, queriam condições melhores de vida e de trabalho.
Tentando melhor suas situações o povo foi às ruas gritar suas insatisfações com o objetivo de tomar o governo, o primeiro passo significativo foi a queda da Bastilha, símbolo da monarquia francesa, em 14/07/1789.
Durante essas revoltas, muitos nobres deixaram a Fraca, a família real tentou seguir o resto da nobreza, porem foram presos e guilhotinados em 1793. Enquanto isso o proletariado também atacava o clero confiscando os bens da Igreja.
Em agosto de 1789 a Assembléia Constituinte acabou com os direitos feudais criando a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que garantia direitos iguais aos cidadões e mais participação política ao povo.
Depois dessa revolução, o proletariado começou a formar partidos com opiniões diferentes, como os Girondinos e Jacobinos, que representavam a alta e a baixa burguesia, respectivamente.
Os Girondinos visavam evitar a maior participação de trabalhadores rurais e urbanos na política enquanto os Jacabinos queriam uma maior participação do povo no governo eram radicais e continuavam em busca de melhorias na sociedade.
Em 1792, os jacobinos tomaram o comando da revolução decidiram que seria necessário naquele momento governar de forma ditatorial, para conseguir alcançar todos seus objetivos, mandando à guilhotina todos que ia contra eles, essa época foi batizada Fase do Terror.
Em 1795, os Girondinos assumiram o poder e começaram a implantar um governo burguês na França, nessa época, aprovaram uma nova constituição que dava poder a burguesia, aumentando seus direitos políticos e econômicos.
Após o golpe de 18 de Brumário, que tinha como finalidade implantar de vez um governo burguês o general Napoleão Bonaparte foi posto no poder, assumindo o cargo de  primeiro-cônsul da França, e instalando uma ditadura na França.

O liberalismo

O liberalismo ganhou forca no sec XVIII tendo suas ideas defendidas pelo filosofo e econômico Adam Smith. ‘’Para Smith, não eram necessárias intervenções na economia, visto que o próprio mercado dispunha de mecanismos próprios de regulação da mesma: a chamada “mão invisível”, que seria responsável por trazer benefícios para toda a sociedade, além de promover a evolução generalizada.’’ O liberalismo pode ser definido como um conjunto de ideas políticas que defende a liberdade política e econômica. O liberalismo tem como seu principal postulado a teoria de que o estado não deve interferir na agricultura, defendendo a propriedade privada. O liberalismo é a favor da livre concorrência, onde o individuo é livre para fazer sua própria lei de oferta e de procura. Uma doutrina muito importante do liberalismo é o auxilio dado ao trabalhador/proletariado onde ele teria direito a contrato de trabalho, salário e jornada de trabalho definida, desta forma o individuo poderia ter sua individualidade econômica

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Anarquismo

O anarquismo pode ser definido como uma doutrina (conjunto de princípios políticos, sociais e culturais) que defende o fim de qualquer forma de autoridade e dominação. É fruto do iluminismo e especialmente, das ideias de Jean Jacques Rousseau. Depois, vieram outros intelectuais que formularam concepções políticas e econômicas do anarquismo, para que então se chegasse a ideia de ausência total de um Estado e formação de sociedades voluntárias. O primeiro a se declarar anarquista foi o filósofo francês Pierre Joseph Proudhon.
A ideologia desenvolvida pela anarquia desempenhou um importante papel entre as sociedades do século XX, momento em que repercutiu com maior força, conquistou diversos trabalhadores europeus, que trouxeram as ideias quando migraram para o Brasil no final da década do século XIX e nas décadas iniciais do século XX. Em território brasileiro, os imigrantes, principalmente italianos, ajudaram a difundir os conceitos do anarquismo entre os trabalhadores e a ideologia anarquista foi fundamental para o aparecimento das primeiras greves brasileiras ocorridas na década de 1910. Até a Segunda Guerra Mundial, o anarquismo permaneceu muito forte entre os movimentos operários, mas depois perdeu a característica de movimento de massa.
O anarquismo permite a cada um desenvolver seu próprio instrumento intelectual, tendo como o mais conhecido dos conceitos anarquistas o da revolução social, que consiste na quebra do Estado e de suas estruturas. É a partir dele que vem a perspectiva do humanismo, que defendia o fato de que os seres humanos seriam capazes de se organizarem de forma autônoma e não hierárquica.


Primavera dos Povos
Primavera dos Povos é o nome que se dá a uma série de movimentos revolucionários de cunho liberal que ocorreram por toda a Europa durante o ano de 1848.
Com o fim da era napoleônica, as monarquias européias se reuniram com o objetivo de conter as propostas de transformação disseminadas pela Revolução Francesa. Esse encontro aconteceu no Congresso de Viena, no qual os monarcas presentes decidiram formar a Santa Aliança. Nesse acordo, diversos monarcas se comprometiam a auxiliar militarmente toda monarquia que tivesse sua autoridade ameaçada. Porém esse projeto que deveria preservar o Antigo Regime não foi capaz de conter a marcha das novas revoluções que tomariam conta da Europa. No ano de 1848, as várias novas correntes políticas que surgiam em todo o Velho Mundo se mostraram decididas a dar fim ao regime monárquico. Em linhas gerias, o contexto político europeu se via tomado não só pelas propostas liberais originadas da experiência francesa, mas também contou com a ascensão das tendências nacionalistas e socialistas. Um pouco antes que tais levantes acontecessem, entre os anos de 1846 e 1848, uma sequencia de péssimas colheitas provocou uma crise econômica responsável pela elevação súbita do preço dos alimentos. Como consequência, a queda no consumo dos produtos industrializados motivou a demissão de operários nos centros urbanos. De fato, toda a economia capitalista europeia enfrentava um delicado processo de estagnação que daria origem aos levantes que marcaram a chamada “Primavera dos Povos”. Reagindo a esse quadro desfavorável, membros do operariado e do campesinato passaram a exigir melhores condições de vida e trabalho. Aproveitando das novas tendências que surgiam, fizeram uma forte oposição ao regime monárquico por meio de uma série de levantes. Alimentando ainda mais esse sentimento de mudança, devemos ainda salientar que nesse mesmo ano houve a publicação do Manifesto Comunista, obra do pensador Karl Marx que defendia a mobilização dos trabalhadores. Comungando da união exprimida por esse livro, várias cidades foram tomadas por barricadas de trabalhadores que se espalhavam por cidades da França, dos Estados Alemães, da Áustria e outros grandes centros urbanos. Apesar dos ideais românticos e das bandeiras coloridas em favor de uma sociedade mais justa, a “Primavera” não conseguiu transformar definitivamente a Europa. Contudo, demonstraram a nova articulação política que estava sendo engendrada. A partir desse evento histórico, a sociedade burguesa teve alguns de seus princípios assegurados, pois mesmo tendo caráter popular, essas revoltas não abririam mão das concepções favoráveis à igualdade civil, ao fim dos privilégios de ordem feudal, as novas instituições jurídicas e o acesso aos cargos públicos. Além disso, demonstrava para a nova ordem burguesa o potencial de mobilização das classes trabalhadoras em torno de seus interesses e projetos políticos próprios.

                           





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