Desde que a História começa, com relatos escritos, muros vem sendo construídos no mundo. Muros não só do tipo concreto, mas também os do tipo ideológico e social, muros no sentido de ser algo visível ou não que separa as pessoas. Se retomarmos um pouco do passado percebemos que a segregação social ocorre há muito tempo, tendo como exemplo, na Antiguidade, a escravidão na Roma Antiga. Porém, não precisamos ir tão longe para resgatarmos fatos históricos que comprovem a presença de muros desde o início da Humanidade: perto de nós ocorreu a Segunda Guerra Mundial e um dos muros concretos mais conhecidos, o muro de Berlim, que dividiu ao meio a cidade mais importante da Alemanha e significou a concretização de duas ideologias que bipolarizavam o mundo na época. Também em um passado próximo, a África vivenciou Apartheid: um dos muros invisíveis mais perceptíveis da História, segregando espaços e relações de negros e brancos e entre eles. Hoje, finalmente, temos a desigualdade social que constrói, dia-a-dia, barreiras invisíveis cada vez maiores entre ricos e pobres.
A maior questão envolvendo esse tipo de segregação social é que esta causa violência (como no caso da desigualdade social), revolta da parte inferiorizada da sociedade que sofre preconceito e consequente falta de liberdade geral da população. E quando nos referimos à liberdade, não fazemos alusão àquela que as pessoas dizem que têm, mas àquela que ninguém tem: a de ser tão livre a ponto de andar sem a preocupação de ser atingido ou roubado, excluído de certa situação por conta de sua condição financeira, social, religiosa ou étnica. A utópica. A que provavelmente nunca vai acontecer.
Essa situação que envolve todos nós no nosso dia-a-dia e já fez parte da História será abordada em um documentário que refletirá o quanto os muros já foram e são danosos para sociedade e para as relações sociais, o quanto a hierarquia social, a desigualdade com consequente segregação da sociedade e o anseio da hegemonia ideológica e racial podem interferir no mundo em que vivemos hoje.
Beatriz Salles, nº04
Bianca Cidral, nº05
Isabela Gusman, nº33
Natalie Ann, nº22
Tatiana Jardim, nº28
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