quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Influência do passado no presente-futuro da organização social

        
           Para que possamos entender o presente-futuro da organização de nossa sociedade é necessário resgatar memórias históricas, que de certa forma, impactaram e influenciaram a humanidade. Não é preciso buscar fatos em raízes mais profundas, pois em acontecimentos “recentes” podemos encontrar uma série de pontos que fazem uma relação direta entre passado/presente nos permitindo fazer um “desenho” do futuro social. 
           Podemos pegar como exemplo a análise da violência em nossa sociedade tendo o Holocausto como foco, o qual será analisado como um produto da modernidade que, com as condições ambientais necessárias, pode vir a se repetir.
            “A violência moderna se mostra por uma pressão contínua de segurança na vida individual. A vida cotidiana aparentemente é livre da violência, mas na realidade apenas está comprimida nas margens da sociedade, onde ela pode ser isolada e concentrada. A violência é armazenada em tamanha quantidade que se torna incontrolável pelos sujeitos comuns da sociedade. A aparência de segurança é garantida por meio da violência, e esta é utilizada como ameaça para abrandar as maneiras das pessoas. O uso maciço da violência não pode ser repelido pelos membros de uma sociedade moderna, por isso, Bauman afirma: A pacificação da vida cotidiana significa ao mesmo tempo a sua falta de defesa. Ao concordarem ou serem forçados a renunciar ao uso da força física em suas relações recíprocas, os membros da sociedade moderna desarmam-se diante dos desconhecidos e normalmente invisíveis agentes da coerção, no entanto potencialmente sinistros e sempre formidáveis.”
 

          O Holocausto foi uma prática de perseguição política, étnica, religiosa e sexual estabelecida durante os anos de governo nazista de Adolf Hitler. Segundo a ideologia nazista, a Alemanha deveria superar todos os entraves que impediam a formação de uma nação composta por seres superiores. Segundo essa mesma idéia, o povo legitimamente alemão era descendente dos arianos, um antigo povo que – segundo os etnólogos europeus do século XIX – tinham pele branca e deram origem à civilização europeia superiorizada. Também podemos citar como exemplo as “marcas” deixadas pelo período da ditadura brasileira nos movimentos de resistência, onde era totalmente proibido a liberdade de expressão. É possível entender de forma clara os “por quês” da existência de ódio entre as diferenças étnicas, culturais e sociais, pois além das mortes tão sofridas decorrente desses fatos, os sobreviventes e os familiares sofreram o “holocausto de suas almas”: Não é fácil perder pessoas que amamos pelo genocídio, pela ideologia de superioridade, por ideias que não possuem razão...  Foi gerado então, os sentimentos de ódio, nojo, desprezo e revanchismo. Em muitos corações a falta de esperança, a falta de credibilidade em um futuro de vitórias, o sentimento de que não é possível amar os “diferentes”. 
No filme “Escritores da Liberdade”, a professora novata, frente a um grupo de “diferentes” mostra o outro lado da história, compara a história de Anne Frank com a vida de seus alunos, fazendo-os acreditar na capacidade de um futuro melhor e ensinando-os que mesmo com o pensamento moderno (de a sociedade civilizada e racional seria a única capaz de superar a barbaridade e humanizar o homem, e este só seria verdadeiramente livre se agisse de acordo com as normas sociais) somos seres capazes de mudanças que podem gerar grandes transformações, as quais poderão resultar em um futuro glorioso de superação.
 https://www.youtube.com/watch?v=TGMjsHmmfso&list=PLB06069FBD601642C









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