sexta-feira, 31 de maio de 2013

Retrato de um revolucionário

''Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.''
                                                                                      -Che Guevara



     Durante os anos 50, a juventude passa a lutar por vários processos culturais e ideológicos alternativos; enfrentam, por isso, um moralismo rígido de um modelo de sociedade que já não os cativava mais.
       Foi nesse cenário que, durante o ano de 1952, Ernesto Guevara de la Serna, um jovem argentino nascido na cidade de Rosário e que, apesar de ter sido criado por uma família aristocrática era socialista, inicia uma longa jornada pela América Latina.
     Junto ao seu amigo Alberto Granados, percorreram o sul da Argentina, o Chile, o Peru, a Colômbia e a Venezuela. Uma viagem onde analisaram a realidade com um olhar crítico e pensamentos profundos e retornam para Buenos Aires em 1953 com o intuído de terminar o curso de medicina.
       Em junho desse mesmo ano, já formado, Ernesto inicia sua segunda viagem pela América Latina. Dessa vez, o jovem visita países como Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Costa Rica, El Salvador e Guatemala. Presenciou as péssimas condições de trabalho nas minas de cobre, a carência dos povoados indígenas e dos leprosários. Diante dessa precariedade consolida-se ainda mais o sentimento revolucionário e de anti-imperialismo.
       Considerando os conhecimentos adquiridos, Ernesto escreve em uma de suas anotações:
          “A pessoa que está agora reorganizando e polindo estas mesmas notas, eu, não sou mais, pelo menos não sou o mesmo que era antes. Esse vagar sem rumo pelos caminhos de nossa Maiúscula América me transformou mais do que eu me dei conta.(…) A menos que você conheça as paisagens que eu fotografei em meu diário, será obrigado a aceitar minha versão delas. Agora, eu o deixo em companhia de mim, do homem que eu era…”  Começa assim a se desenhar o retrato de um mito.
Ele estava convencido de que a única solução para as injustiças sociais existentes na América Latina era uma revolução. Em 1954, partiu para o México e uniu-se aos revolucionários cubanos liderados por Fidel Castro. Foi nessa agitação que ganhou o apelido de ''Chê'', devido ao seu jeito “argentino” de falar.
         Junto aos revolucionários exerceu varias funções e, após o triunfo da revolução cubana, nosso herói passa a integrar o governo em Cuba, chegando a ser nomeado ministro. 
         Nos anos 60, as viagens de Che continuaram e com o intuito de levar, não só para a América Latina, mas também para a África, o espírito revolucionário e anti-imperialista, envolvendo-se em novas lutas armadas. Em 1966 realizou uma missão na Bolívia, onde liderou os camponeses e mineiros contrários ao governo militar. Foi capturado e executado em 9 de outubro de 1967 durante a disputa.
         As ideias defendidas por Che nos trás uma serie de indagações, muitos se simpatizam e outros as repudiam. O importante é trazer consigo a discussão destas questões, provendo senso critico da realidade existente. Ernesto defendeu a todo custo uma melhora do local onde vivia, acreditava que a justiça deveria ser feita e questionava a injustiça sempre.


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