sábado, 6 de abril de 2013

Questionando a Realidade

                               Marcelo Gleiser
              Professor de física Dartmouth College

   O artigo publicado pelo colunista Marcelo Gleiser no site da Folha de São Paulo diz que as vezes, a realidade pode ser mais estranha que a ficção, de acordo com ele, os efeitos quânticos na ciência são muito mais complexos do que podemos imaginar, tornando capaz um objeto de atravessar outros objetos, estar em dois lugares ao mesmo tempo e ter dois estados incompatíveis, como por exemplo o gato de Schrödinger que pode estar vivo e morto ao mesmo tempo.
   Mas, como cita o autor, perguntas como porque não vemos isso acontecer, como saber que esses fatos realmente ocorrem e qual a fronteira entre a realidade quântica e nossa realidade comum só podem ser resolvidas através de experimentos. Foi desse jeito que descobririam a mais estranha das propriedades quânticas, a dualidade partícula-onda. Desde os gregos atomistas costumamos ver toda a matéria como feita de partículas, mas em 1924, Louis de Broglie propôs que todas as partículas seriam uma onda, possuindo dupla identidade, a dualidade partícula-onda.
   Porem, Gleiser diz que existe um problema: partículas e ondas tem propriedades muito diferentes, uma vez que partículas são localizadas e ocupam pequeno volume no espaço, enquanto as ondas se espalham. Em 1927 Clinton Davisson e Lester Germer observaram a difração de elétrons ao passar por um cristal de níquel em um evento típico de ondas.
   Marcelo da como exemplo no texto ondas de luz passando por uma parede com duas fendas, elas iriam interferir e criar um padrão de riscos claros e escuros em um anteparo, porem, se repetíssemos o experimento utilizando balas, que são partículas, elas não iram interferir umas com as outras nem sofrer difração, e sim, se amontoariam no anteparo, bem atrás das fendas.
   O colunista diz no sexto parágrafo que no experimento de Devisson e Germer, o cristal fazia o papel parede com as fendas. Em 1989, Akira Tonomura fez a experiência de elétrons passando por fendas, e obteve resultados inéditos, o elétron passando sozinho pelas fendas interfere com ele mesmo, ou seja, se comporta como uma onda passando pelas duas fendas ao mesmo tempo.
   O professor cita no final de seu artigo duas perguntas: o que ocorre com "partículas" maiores? Qual o limite de tamanho em que as características de onda são "perdidas"? Devido a grandes avanços tecnológicos, experimentos de difração foram feitos com nêutrons, átomos, e até moléculas, centenas de vezes maiores do que átomos. Como por exemplo, o experimento de Anton Zeilinger que demonstrou a interferência de moléculas com 60 átomos de carbono, as "bolas de Bucky", que parecem bolas de futebol.
   Marcelo termina seu texto concluindo que quanto maior o objeto, mais sutil sua interferência, dizendo também para imaginarmos uma bola de futebol fazendo dois gols ao mesmo tempo, é possível no mundo quântico! E finaliza o texto já pensando na próxima etapa, tentar a experiência com vírus. 

Bibliografia: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/1217802-questionando-a-realidade.shtml

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