O que é buraco negro?
Luciano Infanti de Paula
Universidade de Campinas (Unicamp),
SP, 2011
O artigo científico elaborado por
Luciano Infanti de Paula, estudante de física, dividido em quatro tópicos,
permite que o leitor se aprofunde em um assunto que na maioria das vezes é
conhecido superficialmente pelas pessoas: buracos negros. Apesar de ser um
texto de linguagem relativamente simples, para lê-lo é necessário conhecimento
prévio, porém superficial, de gravitação universal.
Basicamente informativo, o artigo tem
como finalidade o aprofundamento do leitor em relação ao conhecimento
específico de buracos negros, assim descrevendo, explicando e fundamentando seu
texto em teorias descritas previamente por outros cientistas. Sendo claro e
objetivo, o artigo, que se dirige ao público em geral, desperta um maior
interesse deste em relação ao assunto.
O autor faz sua introdução mostrando a comprovada existência de buracos negros, objetos teóricos que eram antes apenas hipóteses formuladas a partir da Teoria da Relatividade de Albert Einstein e posteriormente continuadas pelos cientistas Roy Kerr, Werner Israel, Richard Price e Stephen Hawking.
O autor faz sua introdução mostrando a comprovada existência de buracos negros, objetos teóricos que eram antes apenas hipóteses formuladas a partir da Teoria da Relatividade de Albert Einstein e posteriormente continuadas pelos cientistas Roy Kerr, Werner Israel, Richard Price e Stephen Hawking.
No tópico seguinte, que diz respeito
a formação de um buraco negro, o autor explica que estes são formados pela
última etapa das estrelas e que para o surgimento de um são necessários dois
fatores fundamentais: a massa (no mínimo 3 vezes maior que a massa do sol) e o
sistema da estrela (binário ou isolado). Luciano também aponta que a sequência exata dos acontecimentos para a
formação de buracos negros não é totalmente compreendida, pois se pode dizer
impossível acompanhar a vida das estrelas. É citada também a existência de
buracos negros denominados supermassivos, mais raros e encontrados normalmente
nos núcleos galácticos.
Analisando
a parte estrutural do buraco negro, os mesmos podem ser subdivididos para
facilitar o entendimento. De fora para dentro essas estruturas são: disco de
acreção (uma espécie de anel de Saturno que orbita o buraco negro e emite
radiação); ergosfera (zona em volta do horizonte de eventos onde o tecido
espaço-tempo se arrasta - é característica exclusiva de buracos que giram);
horizonte de eventos (chamado também de raio de Schwarzschild, que é uma
divisão imaginária do espaço-tempo onde o observador não pode mais interagir
com os eventos) e por fim singularidade gravitacional (o coração do buraco
negro: um ponto no seu centro, cujas dimensões são infinitesimais e a massa
tende ao infinito).
No
último tópico “Tipos de Buracos negros” o autor diz que os mesmos só variam em
três propriedades fundamentais: massa, spin (giro) e carga elétrica. Dessa
forma, Luciano aborda os diferentes modelos para os buracos negros: alguns
destes consideram o mesmo estático e perfeitamente simétrico, outros consideram
a rotação junto com a carga elétrica, outros ainda tentam explicar os buracos
negros com a nova teoria das cordas. O resultado disso é que há várias versões
da mesma coisa, e, portanto, várias teorias.
Basicamente
e após a leitura total do texto, podemos chegar ao entendimento originalmente
proposto pelas equações da relatividade de Einstein, as quais observam que quando
o tamanho de um objeto se aproxima de zero e sua densidade se aproxima do
infinito, a força gravitacional também tende ao infinito, o que torna
possível o surgimento de buracos negros. Estes, criam um buraco tão profundo no
espaço-tempo que impossibilitam que coisas saiam de seu interior. Até mesmo a
luz é curvada e sugada pela sua forte atração gravitacional.
A título de
conclusão, pode-se dizer que o artigo é extremamente didático e atinge o
objetivo de explicar o surgimento de buracos negros, sanando as curiosidades do
leitor. Além disso, recursos matemáticos somados à observações registradas no
texto, nos comprovam a existência dos mesmos.
Referência Bibliográfica:
Infanti de Paula, Luciano, Campinas, 2011. Acesso em 21/03/2012 às 16:30. Disponível em: http://www.oficinadanet.com.br/artigo/ciencia/buracos_negros_o_que_sao
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