Ernesto
F. Galvao
Instituto
de Física Universidade Federal Fluminense
O
texto publicado por Ernesto F. Galvao, na revista Ch na ediçao 290,
diz que de aluma forma somos todos viaajantes do tempo rumo ao futuro
em um ritmo constante de 60 segundos por minuto. Mas se uma 'magica'
fizesse o tempo passar mais lentamente, você veria tudo em uma
marcha acelerada e dessa forma o levaria mais rapidamente para o
futuro.
Albert
Einstein, em 1905, descreveu a teoria da relatividade restrita. Essa
teoria pressupõe que que o tempo passa mais lentamente para quem é
acelerado a velocidades muito altas.
Para
comprovar essa
passagem mais lenta do tempo é fazer um relógio atômico
ultrapreciso viajar a bordo de um avião supersônico.
Apesar
de a dilatação temporal ocorrer a qualquer velocidade, esse efeito
só é significativo quando atingimos velocidades comparáveis à da
luz no vácuo (300 mil km/s).
Teoricamente,
para viajar para o futro, satisfaria uma uma nave espacial muito
rapida.
Cena
de ‘The Time Machine’ (1960), filme de ficção científica
dirigido por George Pal e baseado no livro homônimo de H. G. Wells.
Embora seja estudada há décadas, a ideia de viajar no tempo ainda
impõe muitos desafios à ciência. (imagem: reprodução)
Curvando espaço e tempo
De
acordo com o autor, as viagens no tempo para o passado são bem mais
complicadas do que as para o futuro, pois como vimos anteriormente,
ele diz que que estamos viajando no tempo a todo instante rumo ao
futuro. E para que entender como vajar para o passado precisamos de
alguns conceitos basicos da fisica.
A
melhos descriçao de como o tempo e o espaço se relacionam é a
teoria da relatividade geral ,de Einstein. Ela nada mais é do que
uma teoria a gravitaçao, que substitui a de Isaac Newton, 250 anos
antes.
Essa
substituição é necessária quando lidamos com campos
gravitacionais intensos ou velocidades comparáveis à da luz. Na
relatividade geral, o espaço e o tempo formam um uno indissociável
com quatro dimensões, três delas espaciais (altura, largura e
comprimento) e uma temporal.
Para
o melhor entendimento do leitor, o Ernesto propõe uma analigia,
imaginar que o espaço-tempo como uma cama elastica. A
relatividade geral prevê que a presença de matéria distorce o
espaço-tempo, do mesmo modo que, na analogia do autor, uma grande
esfera de chumbo curvaria a cama elástica. É justamente essa
curvatura que faz com que os corpos se atraiam gravitacionalmente.
O
conceito de espaço-tempo previsto na teoria da relatividade geral
pode ser comparado a uma cama elástica, que é curvada pela presença
de matéria. (foto: Janelle Siegrist/ Sxc.hu)
Ele
menciona o fisico
John
Archibald Wheeler, que resumiu os fenômenos gravitacionais, para o
autor de fora quase poetica: “A matéria diz ao espaço como se
curvar. O espaço diz à matéria como se mover.” Ernesto tambem
diz que distorção do espaço-tempo pode ser extrema, criando
objetos curiosos, como os buracos negros, de onde nem a luz consegue
escapar.
De volta ao passado?
O
autor tambem cita a descoberta da década de 1930. Foi descoberta
outra previsão estranha da relatividade geral: a possibilidade de
caminhos espaço-temporais nos levarem a nosso próprio passado.
Essas trajetórias que se curvam para o passado foram chamadas curvas
tipo tempo fechadas – ou, simplesmente, CTCs, do nome em inglês.
Ernesto
apresenta questionamentos sobre
o significado dessa previsão teórica. Será que ela poderia sair do
papel, permitindo a construção de uma máquina do tempo? E, se isso
for possível, como evitar paradoxos? E diz que atualmente ninguém
sabe como construir uma máquina do tempo que nos leve para o
passado.
Ele
conclui que apesar dos esforços de milhares de cientistas, até
agora, essa unificação, do macro com o micro, ainda não foi feita
– um dos problemas é a dificuldade em realizar testes
experimentais conclusivos. Apesar dessa dificuldade, nos últimos
anos, a mecânica quântica tem esclarecido aspectos dessas possíveis
viagens no tempo.
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