sexta-feira, 5 de abril de 2013

Revolução Francesa (1789) - O povo que derrubou o rei!

   A Revolução Francesa (1789) foi o pontapé inicial para o que chamamos de Era das Revoluções que termina em 1848 com a segunda onda liberal conhecida como “Primavera dos Povos”.
          Como a França no século XVIII era um país absolutista, não havia democracia, pois o rei Luís XVI de Bourbon (no topo da pirâmide social) governava com poderes absolutos: controlava a economia, a justiça, a política, e até mesmo a religião. Trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial faziam parte do terceiro Estado que era a base da pirâmide social, sustentando então toda a sociedade com o trabalho e o pagamento de altos impostos que tinham como objetivo manter os luxos e privilégios da nobreza . Os oposicionistas ao absolutismo francês eram presos na Bastilha (prisão política da monarquia) ou condenados à morte.  A situação do Terceiro Estado era de extrema miséria, e o povo pertencente a esse segmento social desejava melhorias na qualidade de vida e de trabalho. A burguesia, mesmo tendo uma condição social melhor desejava uma maior participação política e junto a isso maior liberdade econômica. O rei demonstrava grande insensibilidade em relações a essas reinvindicações.
            A insatisfação popular agravava-se cada vez mais, e influenciados por ideias iluministas o povo foi às ruas com o objetivo de tomar o poder do rei Luís XVI. O slogan dos revolucionários era: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
            A queda da Bastilha em 14/07/1789 marca o início da revolução, pois a prisão política era o símbolo da monarquia francesa.  Em agosto desse mesmo ano, a Assembleia Constituinte promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, que estabelecia a igualdade de todos perante a lei, o direito à propriedade privada e o direito de resistência à opressão.
            Em 1791, a Assembleia Nacional proclamou a primeira Constituição da França, estabelecendo a monarquia constitucional. O rei exercia o poder executivo, limitado pelo poder legislativo, cujos deputados seriam eleitos a cada dois anos. Só podiam votar, no entanto, aqueles que tivessem determinada renda mínima. Essa medida e outras que se seguiram mostravam que a França estava sob comando burguês. Eliminavam-se os privilégios aristocráticos, mas ao mesmo tempo se firmava a distinção da burguesia diante do conjunto do terceiro estado.
            Na Assembleia Nacional, a disputa política era acirrada; os girondinos representavam a alta burguesia, e o jacobinos eram os radicais políticos. Conforme as medidas revolucionárias avançavam e se consolidavam, grande parte da nobreza migrava para o exterior buscando apoio para restaurar o Estado Absolutista. Em 1791 vários países que temiam a irradiação das ideias revolucionárias assinaram a Declaração de Pillnitz, na qual afirmavam a necessidade de restaurar a dignidade da monarquia francesa e ameaçavam invadir a França.
            Nesse mesmo ano, a família real na tentativa de fuga foi capturada, e o rei Luís XVI e sua esposa Maria Antonieta foram guilhotinados em 1793. O clero também não saiu impune, pois durante a revolução os bens da igreja foram confiscados e transformaram-se em lastro para a emissão de uma nova moeda, os assagnats.
Podemos dizer que a Revolução Francesa foi um importante marco na história moderna de nossa civilização. Significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios da nobreza. A força do povo venceu a autonomia do rei e seus direitos sociais passaram a ser respeitados. A vida do terceiro Estado melhorou significativamente. Por outro lado, a burguesia conduziu o processo de forma a garantir seu domínio social. As bases de uma sociedade burguesa e capitalista foram estabelecidas durante a revolução. Os ideais políticos (principalmente iluministas) presentes na França antes da Revolução Francesa também influenciaram a independência  de alguns países da América Espanhola e o movimento de Inconfidência Mineira no Brasil.

  

                                                                                Por Isabela Ferreira Gonçalves



Fontes: http://www.infoescola.com/historia/revolucao-francesa/
 
http://www.suapesquisa.com/francesa/

Livro: História Geral e do Brasil (autor Cláudio Vicentino) – Capítulo 20
Anotações no caderno 

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