sexta-feira, 5 de abril de 2013

Revolução francesa (1789)




Devido ao antigo regime e suas práticas absolutistas, a situação na França no século XVIII era de total injustiça social. Somente o terceiro estado (trabalhadores urbanos, camponeses e a pequena burguesia comercial) pagavam impostos, com o intuito de a nobreza continuar mantendo seus luxos.
A França era absolutista. O rei tinha o poder absoluto da economia até a religião de súditos. Não havia democracia, pois o voto não era universal e não era possível expressar seus ideais oposicionistas sem ir parar na Bastilha (prisão politica da monarquia) ou ser condenado à morte.
A sociedade francesa era uma pirâmide hierarquizada socialmente, no século XVIII. No topo da pirâmide se encontrava o clero que também não pagava impostos. Abaixo se encontrava a nobreza (rei, sua família  condes, duques, marqueses, etc.). Já a base da pirâmide era formada pelo terceiro estado que sustentava toda a pirâmide com trabalho árduo e pagamento de altos impostos.
         Os trabalhadores e camponeses desejavam melhorias na qualidade de vida e  no trabalho. Já a burguesia desejava uma participação maior na política e mais liberdade econômica.
A situação se tornou tão caótica que o povo foi para as ruas em busca de tomar o poder e tirar o absolutismo da França. O primeiro alvo dos revolucionários foi a Bastilha, encadeando a sua queda em 14/07/1789, o qual vira o estopim da revolução, devido ao significado da Bastilha.
O lema da revolução era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, pois era o que o terceiro estado visava. Durante o processo revolucionário grande parte da nobreza que não fugia era capturada ou morta.
Em agosto de 1789 foram cancelados todos os direitos existentes e a Assembleia Constituinte promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Este documento de extrema importância continha significativos avanços sociais de igualdade e participação politica.
Após a revolução, o terceiro estado começa a ter opiniões diversificadas, o que leva a divisão em partidos do mesmo, em partidos.
Os Girondinos representavam a alta burguesia e não queriam uma participação maior dos trabalhadores urbanos e rurais na política francesa. Já os Jacobinos que representavam a baixa burguesia queriam uma maior participação popular no governo. Eles eram radicais e defendiam também mudanças profundas na sociedade, para maior benefício dos pobres.
Em 1792, os jacobinos liderados por Robespierre, Danton e Marat assumiram o poder e organizaram as guardas nacionais, que tinham o intuito de matar qualquer oposicionista do governo jacobino. Integrantes da nobreza e outros oposicionistas foram para a guilhotina nesse período. Violência e a radicalização são marcas dessa época que também ficou conhecida como “Terror”.
Em 1795, os Girondinos assumem o poder e instalam o governo burguês na França, com uma nova constituição que garante o poder da burguesia, ampliando seus direitos políticos e econômicos.  Napoleão Bonaparte (General) é posto no poder com o Golpe de 18 Brumário (golpe de estado) visando controlar a instabilidade da sociedade para a implantação total do governo burguês. Mas Napoleão assume seu cargo e instala uma ditadura na França.
Concluindo, a Revolução Francesa marcou a nossa civilização, já que significou o fim do sistema absolutista e dos privilégios. O povo passa a ser respeitado e ganha mais liberdade, a vida dos trabalhadores urbanos e rurais melhora significativamente, porém as bases capitalistas da sociedade burguesa foram estabelecidas durante a revolução. E muitos ideais políticos, principalmente iluministas, presentes antes e durante a revolução influenciaram independências de alguns países e movimentos de caráter politico no Brasil.


  
                                                                                                                           Por  Jade Bento

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