Universos em colisão
Marcelo Gleiser
Coluna do jornal
Folha de S. Paulo, 2013
Marcelo Gleiser, professor de física e
astronomia da Dartmouth College, em Hanover (EUA), aborda o tema que trata de
colisões entre universos inteiros. O assunto, interessante e de fácil
entendimento, chama a atenção do leitor, pois o autor tenta demonstrar a
veracidade de várias teorias anteriormente propostas relacionadas a dimensões
muito distantes e a fatos não muito considerados pelos seres humanos mas que
podem influenciar diretamente às nossas vidas.
O professor introduz seu artigo fazendo
referência ao best-seller de Immanuel Velikovsky,
"Mundos em Colisão", publicado em 1950. Neste, as teorias
propostas foram sumariamente refutadas pela comunidade astronômica por misturar
mitologia grega à ciência, tentando explicar com eventos astrofísicos as
catástrofes registradas nos mitos de culturas antigas.
Para explicar o catastrofismo cósmico, Gleiser resgata as origens do surgimento do universo, o qual a 13,7 bilhões de anos atrás veio se expandindo, nem sempre regularmente. Chamado de inflação o período de expansão acelerada do Cosmo, o autor compara os Universos como sendo ilhas no meio do oceano, ao referir-se ao chamado Multiverso.
Para explicar o catastrofismo cósmico, Gleiser resgata as origens do surgimento do universo, o qual a 13,7 bilhões de anos atrás veio se expandindo, nem sempre regularmente. Chamado de inflação o período de expansão acelerada do Cosmo, o autor compara os Universos como sendo ilhas no meio do oceano, ao referir-se ao chamado Multiverso.
Sendo a física uma
ciência empírica, Marcelo afirma que essa hipótese, assim como todas as outras,
precisa ser testada. A inflação já é uma previsão confirmada que, segundo
Gleiser, supõe que nosso Universo seja geometricamente plano e repleto de radiação
com a mesma temperatura em todas as direções. No
entanto, ainda não é totalmente possível provar a existência de outros
Universos, isso porque ainda não somos capazes de receber informações de além
do horizonte (a esfera que delimita o quanto a luz pôde viajar em 13,7 bilhões
de anos de expansão).
Por
outro lado, o professor nos mostra ao final de seu artigo que, assim como
bolhas de sabão que vibram quando colidem sem se destruir, a radiação dentro do
nosso Universo teria vibrado devido às perturbações criadas pela colisão com
outros Universos. Essas perturbações estariam registradas na radiação que permeia
o Cosmos e podem, em princípio, ser observadas: seriam anéis concêntricos onde
a radiação teria temperatura um pouco mais alta ou baixa.
Marcelo termina seu
texto com duas notícias: uma boa e uma ruim. A boa é que esses anéis ainda não
foram encontrados e a ruim é que a probabilidade de colidirmos com outro
universo aumenta com o tempo.
A título de
conclusão, podemos facilmente entender que há no texto uma grande diferença
entre ciência e especulação, pois o fato de podermos colidir com outros
Universos ainda não foi comprovado. No entanto, Gleiser abre nossos olhos para
a possibilidade, mesmo que ainda não totalmente testada, de podermos
desaparecer a qualquer instante.
Referência Bibliográfica:
Gleiser, Marcelo, Folha de São Paulo, 2013. Acesso em 29/03/2013
às 15:00. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cienciasaude/87187-universos-em-colisao.shtml.
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